#2 Bluey
Quando o desenho infantil toca fundo essa adulta que sempre enxergou sinais do universo e agora está aprendendo a ler os sinais que vêm de dentro
Faz tempo que quero escrever sobre o impacto do mundo infantil na minha vida… desde o reaprender a brincar até a me emocionar profundamente com livros e desenhos que provavelmente não teria acesso se não fosse a Gabi. Estava matutando a ideia até ser atropelada (positivamente) pelo episódio mais recente do desenho Bluey. Quem convive comigo sabe que sou fã!
Uma vez escrevi um pequeno texto sobre a difícil tarefa de se saber o que quer. Antes de fazer uma mudança, dizer sim (ou não) para uma oportunidade, agir, precisamos saber o que queremos. Parece fácil, mas nem sempre é. Acredito que (alguns de nós?) aprendemos ao longo da infância a se desconectar dos nossos desejos e necessidades, para agradar aos outros, fazer parte, receber amor. Assim, passamos a fazer (e querer) mais aquilo que é esperado pelos outros, o que impressiona, incita elogios… aquilo que é aceito socialmente como sinal de “sucesso”.
Se conectar com nossa intuição, ou com a sabedoria superior que existe em cada um de nós é um trabalho da vida inteira. Mas enquanto esse alinhamento não está perfeito, tenho duas boas notícias. A primeira é que a maioria dos resultados dos nossos movimentos não são apenas bons ou apenas ruins: na maioria das vezes são bons E ruins, com perdas E ganhos. E a segunda é que o universo sempre dá um jeitinho de nos ajudar, mandando sinais (que a gente enxerga, ou não). Sabe o bom e velho “não era pra ser”?
Saber disso me conforta, mas também me deixa mais atenta aos tais sinais - aqui de dentro, ou do universo. E foi justamente esse o tema do episódio mais recente de Bluey - The Sign. A Gabi ficou curiosa porque eu fiquei tão emocionada assistindo o desenho. Expliquei para ela que coisas lindas também me fazem chorar.
A história se desenrola a partir de uma possível mudança de cidade da Bluey e sua família. No meu caso, não sei exatamente se ouvimos a voz interna ou se lemos os sinais do universo quando decidimos (e viemos) para os Estados Unidos. De qualquer forma, quando as pessoas me perguntam como anda a vida por aqui… está ótima! E ressalto, estaria ótima no Brasil também! Escolho todo os dias ver e celebrar a parte boa e aprender com as não tão boas.
No final do episódio a Gabi falou: mamãe, será que um dia a gente vai mudar daqui? Respondi: será? Sigo aprendendo a ouvir meu “gut feeling” e sempre atenta aos sinais do universo… planejando os movimentos do futuro.
Bluey está disponível no Disney+. Alguns dos outros episódios que eu adoro:
Sobre conexão com a natureza: Slide
Sobre não se perder na rotina do dia a dia: Rain
Para mães e pais que viajam a trabalho: Curry quest
O poder de uma escola que entende a criança: Army
Sobre regras: Shadowlands
Não necessariamente os episódios são sobre esse temas. É minha interpretação.
Tá, vou parar por aqui. Já disse que amo Bluey?! Haha
Arrasou, Lu! ❤️✨
Outro dia vi a Hariana Meinke emocionada com um livro que comprou pro filho, e aí agora seu texto sobre Bluey :)
Acho tão lindo quando acontece esse reencontro com as obras "infantis". Fiquei com muita vontade de assistir; já providenciei aqui e logo volto pra comentar a respeito.